Tsunami pela Educação leva milhões às ruas neste #15M e prepara Greve Geral para 14 de junho
A Greve Nacional da Educação foi um grande dia de luta em defesa da Educação Pública e contra os ataques de Bolsonaro em todo o país. Um verdadeiro “tsunami” formado por estudantes, professores, pais de alunos e trabalhadores das mais diversas categorias. Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas se manifestaram nos 26 estados e no Distrito Federal, com mobilizações em, pelo menos, 200 cidades.
As imagens não deixam dúvidas. As ruas de várias capitais, e mesmo cidades de pequeno e médio portes, foram ocupadas por multidões. Os números mais expressivos ocorreram em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro (em torno de 200 mil).
A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, virou um mar de gente. Em Belém (PA), mais de 20 mil manifestantes tomam o centro da cidade, em uma das maiores mobilizações registradas até o momento. Em Florianópolis (SC), diversas manifestações juntaram-se no centro, com a grande imprensa divulgando 30 mil nas ruas, assim como foi o número divulgado em São Luiz (RS) e Porto Alegre (RS). Em Fortaleza (CE) milhares de pessoas ocuparam as ruas em defesa da Educação. Em Salvador (BA), São Carlos (SP), Campinas (SP), Teresina (PI), entre outras cidades, os atos também contaram com massiva participação.
As manifestações ocorreram ao longo de todo o dia, tendo iniciado ainda nas primeiras horas do dia. Greves e atos de rua mostraram a disposição de luta não somente do setor da educação, mas de outras categorias que reforçaram a mobilização. Além das bandeiras principais, contra o corte de 30% nas verbas da Educação e a Reforma da Previdência, as ações incluíram o repúdio à perseguição e censura a educadores e rebaixamento do conteúdo pedagógico e outras reivindicações.
As mobilizações foram sendo encabeçadas principalmente por professores e estudantes de escolas públicas e privadas, docentes de universidades federais e estaduais, trabalhadores e técnicos administrativos de institutos. Mas a unidade em defesa da Educação também foi marca deste forte dia de luta, com outras categorias se incorporando às mobilizações, como metalúrgicos, petroleiros, o conjunto do funcionalismo público entre outros segmentos.
Rumo à Greve Geral de 14 de junho
Muitos analistas chegam a comparar o ascenso que tomou as ruas neste #15M às manifestações de Junho de 2013, quando a população ocupou as ruas de todo o país, colocando em xeque o sistema político, econômico e social brasileiro.
Faixas e cartazes, muitos cartazes, improvisados nas mãos de estudantes e manifestantes em geral denunciavam os ataques do governo Bolsonaro, não só contra a Educação, mas como a Reforma da Previdência, entre outros.
Nas palavras de ordem cantadas ao longo das manifestações a mesma irreverência e tom de crítica. “Não é mole, não. Tem dinheiro pra milícia, mas não tem para a educação”; “Tira a tesoura da mão e investe na educação”; “Educação não é esmola. Bolsonaro tira a mão da minha escola”; essas e muitas outras frases foram entoadas por manifestantes de norte a sul do país.
Mostrando seu desprezo pelos estudantes e trabalhadores, em visita aos EUA, Bolsonaro ofendeu os manifestantes, tentando diminuir a força dos protestos. Não conseguiu. Ao contrário, o tom das manifestações foi apontar a construção da Greve Geral para 14 de junho. A vitória deste dia de luta foi comemorada por todos e todas e nas falas de manifestantes a tarefa agora é não sair das ruas.
Hoje, foi nosso esquenta para a Greve Geral. Uma mobilização histórica que dá ainda mais força para pararmos o país. Não vamos sair das ruas. Nossa tarefa a partir de agora é intensificar a organização da Greve Geral de 14 de junho para derrotar os cortes no orçamento da Educação, a Reforma da Previdência e todos os ataques deste governo de ultradireita.
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Fonte: CSPConlutas