Rede Sindical Internacional envia moção de apoio aos petroleiros em greve nacional
Com adesões em 108 unidades do Sistema Petrobrás, em 13 estados brasileiros, os petroleiros completam nesta quarta-feira (12) o décimo segundo dia de greve no país contra demissões, privatização e por direitos.
Até o momento, são 50 plataformas paralisadas em cinco estados. Além disso, há trabalhadores em greve em 18 terminais, 11 refinarias e em mais outras 20 unidades operacionais e 3 bases administrativas. São, ao todo, cerca de 20 mil petroleiros mobilizados. Os trabalhadores enfrentam os ataques, vindos tanto por vias sindicais e patronal, quanto pela ofensiva do governo ao conjunto da classe trabalhadora.
A Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, organização da qual a CSP-Conlutas faz parte e que reúne organizações sindicais e sociais em todo o mundo, enviou mensagem de apoio aos petroleiros mobilizados. Em moção de apoio, a entidade destaca que enfrentando o principal e atual inimigo, o governo de Bolsonaro, os petroleiros estão defendendo, tendo em vista um histórico de ataques à categoria e à Petrobras, mais uma vez “a companhia do povo brasileiro e a soberania nacional.”
A organização ainda faz coro ao nosso alerta de que, com a Petrobras privatizada, quem mais sofrerá as consequência serão o povo mais pobre: “Principalmente com a elevação dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, que subirão de preços ainda mais. Esse projeto neoliberal e entreguista deve ser combatido já, por meio da luta direta e do apoio à greve nacional da categoria.”
Confira a moção [AQUI em PDF] ou leia na íntegra logo abaixo:
TODO APOYO A LA HUELGA DE LOS TRABAJADORES DE PETROBRAS
La huelga nacional de los petroleros, que comenzó a principios de febrero y crece y se fortalece todos los días, es una lucha para todos los trabajadores. Con actividades paralizadas, los trabajadores enfrentan principal enemigo: el gobierno de Bolsonaro, amigo de banqueros, empresarios e el imperialismo. ¡Los petroleros están defendiendo, una vez más, la compañía del pueblo brasileño y la soberanía nacional!
La lucha no es nueva, ni la política de privatización es nueva. Tenemos una historia de ataques de todos los últimos presidentes desde la dictadura militar establecida en 1964. Además de luchar contra los despidos, los petroleros se están movilizando contra la privatización de la compañía, porque la presentación del gobierno de Bolsonaro quiere entregar el patrimonio histórico del país a los bancos, el capital privado extranjero y el imperialismo, que solo tiene como objetivo obtener ganancias y no el bienestar de la población.
Con Petrobras privatizada, la población sufrirá. Principalmente, los precios para cocinar gas y combustibles subirán mucho más. Este proyecto neoliberal y de entrega debe combatirse ahora, a través de la lucha directa y el apoyo a la huelga nacional de la categoría.
El camino es fortalecer la lucha para controlar la producción. Se necesita unidad para luchar con otras categorías (como las oficinas de correos, que se declaran en huelga el 3 de marzo). Es necesario construir la HUELGA GENERAL para derrotar a los patrones y su gobierno de Bolsonaro.
¡Apoyamos la huelga nacional de los petroleros!
• ¡Por una Petrobras 100% estatal!
• ¡En defensa del empleo y los derechos; contra los despidos y la inseguridad laboral!
• ¡Por la reducción de los precios del combustible y del gas de cocina!
SOLIDARITY WITH BRAZILIAN OIL WORKERS STRIKE
The national oil workers’ strike, which started on February 1st, grows and strengthens every day. It is a struggle for all of us workers. Halting oil production, workers are facing your main enemy: Bolsonaro’s sellout administration. Oil workers stands for a 100% State-owned Petrobras which belongs to the Brazilian people and is a symbol of national sovereignty!
The struggle is not new and the privatization policy is not new. We have a history of attacks by all the last presidents since the military dictatorship. In addition to fighting back layoffs and breach of contract, oil workers are on strike against the privatization of the company, as national government wants to give it away to banks, foreign capitals and imperialism whose aims are profits above the welfare of the population.
Along with privatisation it comes higher prices for cooking gas and fuels, less jobs and more casual work. We must act now to defend jobs, labor rights and 100% State-owned Petrobras.
Furthermore, workers’ control over production must be on the agenda! Other necessary actions are joint campaign with other sections of the working class like the mail workers who call a national strike for March 3rd towards a GENERAL STRIKE to defeat the bosses and their Bolsonaro government.
We ask for international solidarity towards the oil workers’ national strike!
• For a 100% state-owned Petrobras!
• In defense of jobs and rights; against layoffs and job insecurity!
• For the reduction of fuel and cooking gas prices!
Fonte: CSPConlutas