O trabalhador é quem paga pela crise
Mudanças no seguro-desemprego foram sancionadas pelo Governo
A presidente Dilma Rousseff aprovou nesta semana a lei de número 13.134 que altera as regras para o acesso ao seguro-desemprego. As novas medidas foram propostas pelo Governo com a intenção de cortar gastos com o pagamento do benefício. Estima-se que, a partir do ano que vem, a redução econômica seja de cerca de 15 bilhões.
Fique por dentro das novas regras:
Seguro-desemprego
O trabalhador terá que trabalhar por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses para ter acesso ao benefício. O prazo proposto em primeiro momento era de 18 meses de trabalho. Para poder encaminhar o seguro pela segunda vez, o empregado precisará ter trabalhado nove meses nos últimos 12. Da terceira solicitação em diante, o prazo fica em seis meses. Até o ano passado, o tempo de trabalho exigido para ter acesso ao seguro-desemprego era de seis meses.
Abono Salarial
Direito de um salário mínimo pago anualmente aos trabalhadores que ganham até dois salários mínimos mensalmente. É designado a quem exerceu atividade remunerada por 30 dias consecutivos ou não, no ano. A regra não mudará.
Seguro-defeso
Benefício pago ao pescador durante o período em que a pesca é proibida. A regra foi mantida.
A realidade das novas regras
O que não se comenta é que quase dois milhões de trabalhadores perderão o seguro-desemprego e mais milhões nunca terão o direito em mãos. Muitas famílias passarão necessidade enquanto a pessoa apita ao trabalho não consegue exercer uma nova atividade. O Governo esquece que sem o trabalhador o país não progride e brinca com o povo brasileiro. Ele fala que gasta muito com nossos direitos para poder colocar no bolso o que é dos trabalhadores.
Infelizmente, muitos se acomodam e aceitam a situação. Isso não pode acontecer. Somos livres e por isso devemos reivindicar nossos direitos. Não podemos nos calar e aceitar pagar por uma crise que não criamos. A culpa não é nossa!
Fonte: G1