Mulher ganha quase 25% menos que o homem no Brasil
Brasileiras sofrem com a desigualdade salarial no país
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) apresentou no começo do mês de março um retrato da participação feminina no mercado de trabalho. No entanto, os resultados mostram dados pouco agradáveis.
Tendo como base a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana, o estudo revelou que, em 2014, o rendimento médio das mulheres foi 24,6% inferior ao dos homens. A média salarial masculina foi de R$ 2.093, enquanto a feminina ficou em R$ 1.579. Entre as causas que explicam a diferença entre os salários, a socióloga da FEE Miriam de Toni, coordenadora do estudo, aponta a predominância feminina em setores menos valorizados pela sociedade como a educação, cuidados e serviços domésticos.
O professor de Economia da UFRGS, Flávio Fligenspan diz que, em 2015, a desigualdade de gênero pode aumentar por causa do cenário econômico e cita que a questão histórica e cultural de desvalorização da mulher pesa. Fligenspan ainda comenta que quando o mercado de trabalho enfraquece, as mulheres podem sofrer mais com a redução dos salários e o desemprego.
O que dizer sobre o fato?
Uma das bandeiras mais importantes do SEC-PF é a luta pela igualdade de gênero. Nos frustra saber que, mesmo no século XXI, com os diversos avanços da sociedade, ainda tenhamos que nos deparar com dados como o de cima. Acreditamos que, diante de sua jornada tripla, a mulher deve ser valorizada tanto quanto o homem. Em nossa categoria, 70% são mulheres, chefes de família, mães solteiras, comerciárias incansáveis que, na maioria das vezes, trabalham mais do que muitos homens. Então, por qual motivo a sociedade as desvaloriza? Achamos que está mais do que na hora da mulher trabalhadora ser respeitada.
Fonte: Instituto Justiça Fiscal