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Milhares vão às ruas contra a reforma trabalhista na França

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População rejeita plano que ataca direitos fundamentais dos trabalhadores

 

 

Os trabalhadores franceses deram mais um exemplo de como deve ser a resposta aos governos que atacam direitos. Mais de 220 mil pessoas aderiram à jornada de greves e manifestações e foram às ruas, na terça-feira (12), contra a reforma trabalhista defendida pelo presidente Emmanuel Macron.

Mesmo sem a adesão de todas as centrais sindicais, foram convocadas 180 marchas em todo o país, além de uma greve que afetou cerca de 4 mil empresas, em especial o setor de transportes. Somente em Paris, 60 mil manifestantes estiveram na Praça da Bastilha.

Assim como no Brasil, a reforma trabalhista na França significa a piora na qualidade de vida da população. Além de dar mais liberdade para que as empresas demitam seus funcionários, sem garantir benefícios, a medida também permite que acordos individuais e coletivos passem a valer mais do que as leis.

“Com o negociado valendo mais que o legislado, não há nenhum direito realmente garantido. Sem o peso da lei, os patrões irão fazer de tudo para reduzir benefícios fundamentais como férias, hora-extra, horário de almoço e outros”, explica Herbert Claros, vice-presidente do Sindicato.

Com a popularidade em queda livre, Macron espera aprovar a nova lei por decreto ainda este ano, evitando os debates e a votação no Congresso. No entanto, novas mobilizações já estão programadas para os dias 21 e 23 de setembro, com o objetivo de pressionar o governo a recuar na proposta.

“A mesma receita que pune a população foi aprovada no Brasil pelo Congresso Nacional. Por isso, é necessário que os trabalhadores brasileiros se inspirem nos protestos ocorridos na França. Juntos poderemos impedir que a reforma trabalhista seja aplicada em nosso país. A saída é a luta”, conclui Herbert.

 

Fonte: sindmetalsjc.org.br

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