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Machismo mata mais de 400 mulheres por mês no Brasil

Segundo o Ipea, nem a Lei Maria da Penha, implantada em 2007, consegue impedir o alto número de mortes

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que entre 2009 e 2011, o machismo matou 16,9 mil mulheres no Brasil. Média que indica cerca de 472 assassinatos por mês no país. As vítimas, na maioria das vezes, foram mortas por seus familiares.

De acordo com a pesquisa “Violência contra a Mulher: feminicídio no Brasil”, coordenada pela técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto Leila Posenato Garcia, o Espírito Santo é o estado brasileiro com maior taxa de feminicídio com 11,24 casos para cada 100 mil mulheres, seguido da Bahia com 9,08 e do Alagoas com 8,84. As regiões com maior índice de violência são o Nordeste, Centro-Oeste e Norte.  

Segundo o estudo, em média 5.664 mulheres morrem por causas violentas a cada ano no Brasil. Por dia, aproximadamente 15 donas de casa, mães de família, trabalhadoras morrem em decorrência do machismo. As jovens negras e com baixa escolaridade entre 20 e 39 anos são as principais vítimas.

Armas de fogo, instrumentos cortantes, enforcamento e demais métodos tiram a voz e a vida de milhares de mulheres pelo Brasil. A família, que deveria por obrigação proteger, é a que mais agride. Os amigos, que deveriam dar apoio à vítima, fecham os olhos. E a mulher, sem opção, se cala. Até quando vamos ignorar a gravidade do feminicídio em nosso país? Não podemos permitir que a população e o governo desprezem tamanho problema. O feminicídio deve ser tratado como o crime gravíssimo que é e não virar apenas mais uma palavra em nosso dicionário. 

Fonte: Carta Campinas

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