Greve dos Correios chega a 4ª semana com novos protestos contra a política privatista de Bolsonaro e por direitos
A greve nacional dos trabalhadores dos Correios chega a sua 4ª semana com a mesma força e adesão ao movimento grevista iniciado em 17 de agosto. Nesta terça-feira (8), os trabalhadores seguem seu calendário de manifestações e mostram que não tem arrego para a luta por direitos e contra a política privatista de Bolsonaro.
Como parte dessas ações da greve, em São Paulo, nesta terça-feira, as Centrais Sindicais, os sindicatos e as entidades de outros segmentos realizam uma manifestação em frente ao CTP (Centro de Tratamento Principal), no Jaguaré.
“Começamos a semana fortalecendo a nossa greve, fazendo com que essa luta permaneça firme para conseguirmos garantir nossos direitos e derrubar essa proposta de acabar com nosso acordo coletivo e também lutar para barrar a privatização da empresa”, alerta Geraldinho Rodrigues, diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) e também integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, diretamente do ato em São Paulo.
Os trabalhadores são contra a retirada de 70 das 79 cláusulas de acordo firmado na campanha salarial passada, que teria validade por dois anos, no entanto, a empresa acionou a justiça e conseguiu derrubar esse direito dos trabalhadores. É contra esse ataque que os ecetistas estão em luta, mas também contra a política de desmonte da estatal, com o objetivo de entregá-la para o setor privado.
A CSP-Conlutas desde o início da greve segue em apoio ao movimento que está forte. “Nós, da CSP-Conlutas, estamos iniciando com toda a força essa quarta semana de greve, uma greve histórica que representa um enfrentamento contra a política privatista de Bolsonaro, Mourão e Guedes. Vamos lutar por um Correio público e estatal e em defesa do direito da categoria”, alertou o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, também presente no ato de São Paulo.
Corte nos salários não intimida categoria e mobilizações seguem
A greve se fortalece em todo país, mesmo com o corte de salário na última folha de pagamento e dureza da empresa em seguir com uma política autoritária e de desmonte. A categoria acionou a justiça e segue em alerta para reverter esse desconto absurdo, afinal, a greve é um direito garantido pela lei.
Como resposta à intransigência da empresa, os trabalhadores fortalecem o movimento pelo país com fortes protestos. Na semana passada, em diversas regiões do país, como São Paulo, Bahia, Alagoas, Paraíba, Brasília, Piauí os trabalhadores fizeram atos, que mostram a disposição para a luta dos ecetisitas.
Existe a previsão para que o julgamento do dissídio da greve ocorra em 21 de setembro, data que pode ser antecipada pelo TST (Tribunal Superior de Trabalho). Enquanto isso, a paralisação segue, sem arrego.
A CSP-Conlutas faz um chamado às organizações sociais, entidades sindicais e, sobretudo, às estaduais e regionais da Central para que fortaleçam o apoio e a unidade da greve das trabalhadoras e trabalhadores dos Correios, para que seja realizado um Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Protestos pelas reivindicações da categoria e pelo Fora Bolsonaro, Mourão e Floriano.
Fonte: CSPConlutas