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Governo Ortega já assassinou mais de 300 pessoas. Toda solidariedade à luta do povo da Nicarágua!

O dia 19 de julho é comemorado na Nicarágua por marcar a vitória da Revolução Sandinista contra a ditadura Somoza, ocorrida há 39 anos. Mas, este ano, o povo nicaraguense não teve o que comemorar. Ao contrário. A repressão desencadeada pelo governo do presidente Daniel Ortega já assassinou mais de 300 manifestantes e o clima no país é de grave crise.

Desde o último domingo, o governo fez uma brutal ofensiva sobre a cidade de Masaya, reduto rebelde e um dos centros da resistência popular. Segundo agências de notícias internacionais, dezenas de homens armados, policiais e paramilitares a serviço do governo, entraram na região do bairro indígena de Monimbó durante a madrugada e atiraram contra a população. De acordo com organizações de direitos humanos, pelo menos, 10 pessoas morreram.

Além dos confrontos armados que em três meses já resultaram em centenas de mortos, os relatos também são de tortura, perseguições e desaparecimentos. As forças a serviço do governo percorrem as cidades em caminhonetes, com paramilitares encapuzados e fortemente armados.

Estudantes, que também são linha de frente nas mobilizações, têm sido brutalmente reprimidos. No último dia 13, o governo atacou estudantes que ocupavam desde o mês de maio a Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua. Jovens e até crianças têm sido vítimas dos confrontos.

Ainda como parte da ofensiva para reprimir as manifestações contra seu governo, Ortega aprovou uma lei de terrorismo, que oficializa a criminalização dos movimentos.  A Lei contra Lavagem de Dinheiro, Financiamento ao Terrorismo e Proliferação de Armas de Destruição em Massa estabelece uma pena de 15 a 20 anos de prisão para quem cometer atos de terrorismo. O texto vago abre brecha para a punição a todo e qualquer manifestante.

Fora Ortega e Murillo

A crise no país da América Central já dura cerca de três meses. O estopim da rebelião popular que toma o país foi a luta contra a Reforma da Previdência apresentada pelo governo. Mas, desde então, milhares de manifestantes exigem a renúncia do presidente Ortega e de sua esposa, Rosario Murillo, nomeada por ele vice-presidente, à frente de um governo marcado por denúncias de abusos e corrupção.

“O presidente Daniel Ortega, que hoje reprime e assassina o povo da Nicarágua, nem de longe representa a revolução da qual esteve à frente há 39 anos e derrubou a ditadura de Somoza. Desde então, Ortega tem um histórico de traições ao povo, de alianças com setores empresariais, da Igreja Católica e o imperialismo”, explica o integrante do setorial Internacional da CSP-Conlutas Wilson Ribeiro.

“É preciso cercar de solidariedade à luta do povo nicaraguense que, mesmo diante de tanta repressão e violência, tem resistido. A mobilização conseguiu impedir a Reforma da Previdência e é essa heroica resistência que pode garantir a vitória contra o governo”, afirmou Wilson.

A CSP-Conlutas e a Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas já expressaram solidariedade e apoio ao povo da Nicarágua e repúdio ao governo Ortega. Confira Moção [AQUI].

Todo apoio à luta dos trabalhadores(as), estudantes, indígenas e população nicaraguense em luta!
Abaixo a ditadura da família Ortega-Murillo e confisco de seus bens para reparar todo o dano que fizeram!
Nenhuma confiança em organismos como a ONU, OEA, FMI e grandes empresários que a serviço dos interesses do imperialismo querem sufocar a rebelião popular!
Prisão de todos os responsáveis pelos assassinatos, torturas e perseguições!

 

Fonte: CSP Conlutas

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