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Ferroviários param a França contra reforma trabalhista

Greve deve durar três meses, com paralisações em dois dias por semana

Os ferroviários da França iniciaram uma greve em todo país, na terça-feira (3), contra a reforma trabalhista do setor público. A proposta do governo de Emannuel Macron prevê a retirada de uma série de direitos e pode levar à privatização do setor.

Sete meses após sancionar uma reforma trabalhista que acabou com direitos dos trabalhadores do setor privado, Macron avança agora sobre os servidores públicos. Entre as mudanças estão o fim da estabilidade no emprego, do regime exclusivo de aposentadorias e da gratuidade de passagens.

A greve é intermitente e deve durar até junho, com paralisação dos serviços durante dois dias por semana. Segundo a companhia estatal francesa de trens, 77% dos serviços estão paralisados nesta quarta-feira (4).

Além da greve, manifestações levaram milhares de pessoas às ruas de diversas cidades do país. A mobilização também conta com a adesão dos trabalhadores do setor de energia, universidades, varejo e dos aeroviários, que cruzaram os braços na terça-feira.

Queda de braço
Com 140 mil funcionários e 15 mil trens circulando diariamente, a França tem as ferrovias como principal forma de locomoção. Por isso, a greve causa grande impacto no governo de Macron, apelidado pelos trabalhadores de “presidente dos ricos”, devido às reformas econômicas que vem aplicando.

Os ferroviários têm histórico de resistência. O último presidente francês a enfrentar a categoria saiu prejudicado do confronto. Em 1995, Jacques Chirac tentou aplicar uma reforma, mas foi derrotado por fortes paralisações.

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