Somente em subsídios fiscais foram destinados R$ 420 bilhões ao empresariado

Dados do Ministério da Fazenda sobre os gastos do governo federal nos últimos 14 anos comprovam o que a população já sabia: Lula, Dilma e Temer, presidentes do país nesse período, gastaram muito mais com benefícios aos patrões do que com programas sociais voltados aos mais pobres.

Divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, no sábado (5), o levantamento aponta que entre 2003 e 2016, o Planalto transferiu R$ 420 bilhões ao setor produtivo. Todo esse dinheiro chegou aos patrões em forma de subsídios para resgatar empresas e até setores inteiros, por meio da famosa “bolsa empresário”.

Os valores repassados às grandes empresas superam em quase R$ 50 bilhões os gastos com programas sociais. Nesse mesmo período, o governo destinou R$ 372 bilhões a projetos que favorecem setores mais carentes da população, como o Minha Casa Minha Vida, Fies e o desconto na conta de luz para famílias de baixa renda.

Se for considerado somente o ano de 2016, mais da metade dos R$ 115 bilhões em subsídios financeiros foi dedicada ao grande empresariado. A quantia equivale a quase três vezes o que foi gasto com o Bolsa Família naquele ano.

A desculpa de que tal política se justifica em troca da geração de empregos também é desmentida pelos números. A partir de 2011, os benefícios à indústria deram um salto, chegando a R$ 96,5 bilhões em 2015 e R$ 78 bilhões no ano passado, justamente quando a geração de vagas formais e os investimentos do setor caíram.

“O governo tem dito que as reformas devem acontecer porque o país está endividado, mas a culpa é do próprio governo, que abriu mão de bilhões de reais ao entregar recursos de bandeja para os patrões e banqueiros. O trabalhador não pode ser penalizado enquanto os empresários recebem benefícios bilionários. É preciso acabar com essa farra dos patrões”, afirma o diretor do Sindicato Célio Dias da Silva.

 

Fonte: sindmetalsjc.org.br