Luta agora é para que deputado seja preso e devolva aos cofres públicos todo dinheiro roubado

Depois de quase um ano de manobras, a Câmara dos Deputados aprovou a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB), nesta segunda-feira (12). Com a cassação, Cunha perde o foro privilegiado e passa a responder por seus crimes na Justiça comum. O peemedebista é réu em duas ações, alvo de uma terceira denúncia e investigado em outros seis inquéritos.

Na longa lista de acusações contra Cunha estão desvio de recursos da Caixa Econômica Federal, recebimento de propina e dinheiro escondido em contas na Suíça. Dentre os processos na Justiça, Cunha é réu pelo recebimento de 5 milhões de dólares para liberar o contrato de um estaleiro da Petrobras.

Contra as mulheres e os trabalhadores

Além da corrupção, Cunha também é símbolo do machismo na política. O político foi autor do Projeto de Lei que quer dificultar o acesso à pílula do dia seguinte para mulheres vítimas de estupro. Também não é demais lembrar que Cunha teve papel decisivo como presidente da Câmara na aprovação do Projeto de Lei da Terceirização, que representa um grave ataque aos trabalhadores.

Por tudo isso, a queda de Cunha é um fato a ser comemorado, mas só a cassação não basta.

“Cunha tem que ser preso e ter todos seus bens confiscados e devolvidos aos cofres públicos. Falta também derrubar Temer e esse Congresso de corruptos e picaretas”, afirma o diretor do Sindicato Emerson de Lima, o Binho.

 

Fonte: sindmetalsjc.org.br