Correios: Semana começa com continuidade da greve e protestos marcados
Com a manutenção e a consolidação da greve dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, nesta semana que se inicia novas ações começam a ser marcadas.
Nesta segunda-feira é possível acompanhar a conversa entre três dirigentes que compõem a CSP-Conlutas e atuam ativamente na direção e organização da paralisação.
Em Indaiatuba (SP), onde o CTCE (Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas) estava ocupado desde a quarta-feira (26), aconteceu a desocupacão no domingo à noite. A direção da empresa queria que fosse na base da repressão, mas os trabalhadores decidiram sair e ficar do lado de fora. Os caminhões de entrega e muitos veículos continuam parados no pátio da unidade, pois a greve continua.
Em Salvador (BA), a greve se mantém firme sem saída ou entrada de veículos da empresa e a disposição é manter a paralisação até a conquista da manutenção do acordo coletivo.
Em Curitiba (PR) está marcado um ato nesta segunda-feira (31) às 9h na rua João Negrão.
Não à privatização
A intransigência da direção dos Correios e do governo Bolsonaro/Paulo Guedes em manter a qualquer custo a suspensão do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) que valeria até 2021 se deve pelo objetivo de privatizar a empresa. Para isso quer acabar antes com 70 das 79 cláusulas contidas no acordo da categoria.
Ao reduzir os custos da empresa poderão entregá-la de bandeja ao setor privado. Na semana passada, o BNDES selecionou o consórcio que irá desenvolver os estudos para preparar o processo de desestatização.
Isso é uma política de privilégio do capital privado – dos empresários, porque apesar do general Floriano Peixoto, presidente da empresa, alardear prejuízos e que é necessário fazer ajustes, esconde que os Correios lucraram apenas este ano, em meio à pandemia, mais de R$ 600 milhões.
O próprio vice-presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, chegou a propor em audiência na semana passada estender por mais um ano o acordo coletivo do ano passado, mantendo todas as cláusulas sociais, mas sem a concessão de reajuste salarial, mas a empresa não aceitou. O presidente dos Correios general Floriano Peixoto rejeitou insistiu na política de acabar com 70 das 79 cláusulas sociais da categoria.
A greve continua!
Diante de tamanha intransigência e ataque, a greve dos trabalhadores dos Correios completa duas semanas e a orientação dos sindicatos é de que se intensifique a paralisação.
A CSP-Conlutas está lado a lado na luta dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios e defende sua manutenção até a vitória.
Fonte: CSPConlutas