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Acusado de apropriação indébita e descumprimento do estatuto, presidente é afastado do Sindicato dos Vigilantes

Em assembleia geral, realizada no dia 30 de dezembro de 2017, os associados ao Sindicato dos Vigilantes de Passo Fundo e Região decidiram pelo afastamento do presidente da entidade, Orides Thimoteo da Costa e demais membros da diretoria, suspeitos de apropriação indébita, malversação e delapidação do patrimônio do sindicato e, ainda, de descumprimento do estatuto.

Conforme documentos e informações obtidas pela reportagem da Rádio Uirapuru, ações que investigam as acusações estão tramitando na Justiça do Trabalho de Passo Fundo e no Ministério Público do Trabalho.

O fato que culminou com o afastamento teria ocorrido em 2016, quando o presidente, com a concordância do tesoureiro, teria depositado em sua conta pessoal parte de um valor correspondente a indenização de trabalhadores de uma empresa de vigilância que atuava em Passo Fundo e Região.

Segundo Jolar Martins, integrante do Conselho Fiscal, existia um processo onde a empresa Vigilância Pedrozo Ltda, após decretada a falência foi condenada a pagar um valor de superior a R$ 12 milhões a ex-trabalhadores. Desse total, em torno de R$ 900 mil foram direcionados a vigilantes ligados ao sindicato de Passo Fundo.

Em acordo com o judiciário a empresa depositou metade do valor que era devido aos beneficiários na ação. Jolar Martins denunciou que o presidente depositou parte desse dinheiro em sua conta pessoal e o restante na conta do sindicato para distribuição aos trabalhadores. Inclusive esse fato foi comprovado em assembleia com cópias de alvarás liberados pelo Poder Judiciário.

Uma ex-funcionária do Sindicato dos Vigilantes de Passo Fundo informou a Uirapuru que fez a denúncia que deu origem ao inquérito, que está tramitando no Ministério Público do Trabalho. Segundo ela, após descobrir as irregularidades e o suposto desvio e comunicar a diretoria, foi demitida do cargo pelo presidente da entidade.

Após o afastamento de membros dirigentes, o Sindicato dos Vigilantes está sendo administrado pelo Conselho Fiscal e uma comissão executiva. Jolar Martins informou que essa atitude foi tomada para que a entidade não feche as portas.

Cita que nos próximos dias uma Assembleia será convocada para recompor a diretoria, já que não existe condições financeiras de se realizar nova eleição neste momento, pois a entidade está sem caixa para arcar com as despesas imediatas.

 

Fonte: Rádio Uirapuru

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