Só faltava essa! O governo Bolsonaro decidiu que vai doar terrenos para as construtoras que quiserem participar da nova versão do Minha Casa, Minha Vida. Já as famílias mais pobres perderão o direito de comprar casas pelo programa. Elas só poderão alugar os imóveis. A informação partiu do ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

O novo programa habitacional funcionará da seguinte forma: as famílias consideradas de faixa 1 (com renda de até R$ 1,8 mil) e faixa 2 (até R$ 2.600) não poderão solicitar financiamento. Elas só poderão alugar as casas do programa, e não comprar. O financiamento só será possível se um dia essas famílias conseguirem uma renda maior.

Presente para construtoras

Por outro lado, as construtoras vão fazer a festa. O plano do Ministério do Desenvolvimento é que terrenos e imóveis pertencentes a prefeituras, Estados e União sejam doados a construtoras. Nas palavras do ministro: “elas ganharão um dinheirão”. Em troca, elas erguerão condomínios do Minha Casa, Minha Vida.

“O ministério tem R$ 4 bilhões para investir no programa este ano. A nova formulação deve ser anunciada oficialmente em julho. É sempre assim: tudo para as empresas, nada para a população. Tirar das famílias mais pobres o direito à casa própria é uma afronta. O governo deveria facilitar o acesso à moradia, e não dificultar, como está fazendo”, afirma o diretor do Sindicato Carlos Alexandre da Silva, o Xandão.

 

Fonte: sindmetalsjc.org.br