Para atender o que prevê a Constituição, o salário mínimo brasileiro deveria ser de R$ 3.899,66 em abril, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Com o piso atual de R$ 954, a diferença entre o valor real e o ideial é de R$ 2.945,66.

O cálculo do Dieese leva em consideração o que está previsto na Constituição, ou seja, os gastos de uma família de dois adultos e duas crianças com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O problema é que os governos nunca cumprem o que está na lei.

Precarização
Para piorar, o aumento da informalidade e criação da chamada jornada intermitente, a partir da reforma trabalhista, estão rebaixando ainda mais os salários.

“A reforma trabalhista cria aberrações ao permitir a contratação por algumas horas, com pagamento de R$ 4,26 por hora. Desse jeito, o salário mínimo vai ladeira abaixo. É preciso revogar de vez esta reforma”, afirma o diretora do Sindicato Aline Bernardo.